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Uma rosa estilizada que simboliza o amor virou uma das marcas do famoso arquiteto e designer escocês Charles Rennie Mackintosh (1868 – 1928), um gênio do final do século 19 para o início do 20.

Sua mulher, a artista plástica Margaret McDonald, foi uma figura feminista poderosa, que ajudou as mulheres a fazer da arte uma profissão, com mais visibilidade para a figura feminina, cuja função, até então, era limitar-se aos afazeres do lar.

Juntos, viraram um dos casais escoceses mais famosos da época. Margaret era chamada de Glasgow Girl, a capa deste livro que namorei durante a visita à Escócia.

Os traços de Mackintosh na arquitetura, pintura e design foram influenciados pelo estilo Art Nouveau (1890-1920), que ficou mais popular na Europa.

Também apaixonado pela arte japonesa, Mackintosh usou, misturou e inovou com os dois elementos em suas criações.

A influência japonesa fez com que Mackintosh adicionasse a natureza em seus traços e projetos, com o desenhos de flores, folhas e uso da madeira.

Tea room em Glasgow com inspiração nos desenhos de Mackintosh (foto: archinect.com)

Mackintosh selou sua relação com a cidade de Glasgow com o projeto da Glasgow School of Art, uma das mais famosas do mundo.

A escola da Universidade de Glasgow foi concluída em 1909 e recentemente passou por dois incêndios terríveis, em 2014 e 2018.

Em 2018, em que o arquiteto faria 150 anos, e a Escócia está em festa. Em Glasgow, há um roteiro para conhecer as obras do mestre, em museus, galerias, na Universidade de Glasgow, em casas de chá criadas em homenagem a ele.

Vou montar esse post com tudo descrito para que você conheça mais sobre o mestre escocês, bem como um de seus maiores projetos, a Lighthouse, que visitei recentemente.

V&A Dundee e Mackintosh

É nesse contexto de festa dos 150 anos, que a inauguração do V&A Dundee relembra o mestre, com a restauração de uma sala de chá de Mackintosh chamada OAK Room.

Meticulosamente restaurada, conservada e reconstruída, a OAK Room, dentro do V&A Dundee, expõe gratuitamente o talento da Mackintosh com a obra que ficou perdida por quase 50 anos.

A sala projetada em madeira tem 13,5 metros de altura, em pé direito duplo, desenhada em 1907 e concluída em 1908.

OAK Room, uma das obras primas de Mackintosh, pode ser visitada no V&A Dundee (foto: Hufton+Crow no blog Lado B Viagem)

OAK Room foi o maior espaço interior já desenhado por Charles Rennie Mackintosh, na época, para o Ingram Street Tearooms da Miss Cranston, em Glasgow.

Como relembra David McDonald,  diretor do Glasgow Life, reproduzir o design ímpar do mestre dentro do museu é o resgate de uma obra de arte.

“Estamos entusiasmados por podermos trazer de volta esta joia perdida para exibição pública, nestes 150 anos de Mackintosh”.

“A sala, composta por centenas de peças individuais de madeira e vitrais, revela a engenhosidade de Mackintosh para organizar criativamente espaços interiores em obras de arte completas”, diz.

A sala está no coração das Galerias de Design Escocesas, dentro do recém-inaugurado V&A Dundee, como uma exposição permanente que mostra a importância do design na cultura escocesa.

O V&A Dundee, museu de arquitetura ímpar feita pelo mesmo arquiteto dos estádios olímpicos do Japão pra 2020 – Kengo Kuma – inaugurou em setembro e já entrou para a wishilist de viajantes do mundo todo.

Detalhe do design de Mackintosh na Oak Room, dentro do V&A Dundee (foto: Hufton+Crow no blog Lado B Viagem)

O blog viajou a convite do Visit Britain e Visit Scotland