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A belíssima rota do vinho brasileira não perde nada para qualquer visita a vinícolas que você já fez fora do País. O Lado B passou 4 dias na região vinícola nos Sul e te ajuda a fazer uma viagem incrível, com o melhor que as vinícolas têm a oferecer.

Se já é um expert em vinhos, sabe do que eu estou falando. Se não conhece, vai ter a oportunidade de aprender mais sobre o que há de mais charmoso no enoturismo brasileiro.

Rotas turísticas em 24 municípios, 650 vinícolas, restaurantes com gastronomia de dar água na boca. Tudo isso rodeado por belas paisagens e uma característica muito particular: o aroma de uva.

Responsável por 90% da fabricação de produtos derivados da uva do Brasil, o Rio Grande do Sul colheu mais de 700 milhões de quilos da fruta no ano passado. É este cenário repleto de parreirais que espera os turistas que decidem se aventurar pela Serra Gaúcha.

A experiência da visita à rota do vinho vai além dos tradicionais branco e tinto. Os espumantes caíram de vez no gosto popular e têm incentivado a procura pelo lugar.

E o reconhecimento passou da fronteira. Os vinhos e espumantes brasileiros ganharam o mundo e, somente no ano passado, faturaram 145 prêmios internacionais, sendo 16 com vinho branco, 22 com tinto e 105 com espumantes.

Mas muito mais do que números, o visitante vai encontrar marcas da cultura europeia enraizadas aqui pelos imigrantes italianos que chegaram em 1875.

Depois de mais de um século, você ainda vai conhecer as histórias contadas com paixão por pessoas de várias gerações de famílias que dominam esse mercado que faturou ano passado cerca de R$ 2,5 bilhões. Indicado para viagens românticas, com a família ou amigos, o que não vai faltar são motivos para brindar.

Quanto tempo ficar? 

foto juliana_zorzato_ladobviagem_vinícola (5)

Com mais de 600 vinícolas, seria impossível conhecer todas. Quatro dias são mais que suficientes para garantir diversão depois de escolher o local. Bento Gonçalves é considerada a capital brasileira do vinho, e nela se encontram cinco das rotas do local. Uma boa pedida.

O Lado B visitou vinícolas em Bento Gonçalves, Garibaldi e Pinto Bandeira. Para se informar e fazer sua escolha, acesse o site da prefeitura.

Como chegar?

Entrada de Bento Gonçalves, a meca do vinho no Brasil

Do aeroporto até a região serrana são 120 quilômetros, cerca de duas horas, dependendo do trânsito. Existem transportes particulares que cobram em média R$ 200. Você pode contratar carros por agências ou pegar um táxi.

Onde ficar?

Vista da paisagem do restaurante do hotel Vila Michelon

Tem hospedagem ao gosto (e bolso) do freguês. Se sua viagem é mais econômica, vale lembrar que as visitas às vinícolas levam tempo, portanto, você não ficará no quarto. Mas se não abre mão de belas paisagens, espaço e conforto, você pode escolher pelo estilo que mais gosta.

Isolado ou dentro da cidade? O importante é que ele fique próximo aos lugares escolhidos para visitar, já que para quem quer fazer a degustação dos vinhos, dirigir está fora de questão. Alguns têm seus próprios parreirais e também museus com objetos antigos e que mostram como o processo do vinho era feito.

O que parece ser comum a todos que conheci, é a simpatia dos funcionários. Um hotel bastante interessante fica dentro da vinícola Don Giovanni e possui pouquíssimos quartos. O diferencial é que se hospedando lá, tem acesso livre para explorar toda a região. Para ficar nas cabanas, por exemplo, você terá que desembolsar R$ 600 por noite.

O que esperar das vinícolas?

Degustação às cegas na Dal Pizzon para testar os sentidos

Há quem acredite que as vinícolas apresentam o processo de fabricação dos vinhos e a degustação para os seus clientes. Mas isso não é verdade. As vinícolas têm caprichado nos roteiros para chamar atenção dos visitantes.

Você vai encontrar desde passeios por paisagens maravilhosas até passeios de 4×4 até cachoeiras, degustação às cegas para experiências com os sentidos e piquenique ao ar livre.

Se você vive de dieta, vai ter que manter o autocontrole para resistir à cozinha da região. O galeto premiadíssimo por 13 anos seguidos, o doce que não é sorvete nem mousse, o ossobuco com polenta, o mousse de iogurte com calda de vinho, os pãezinhos de manjericão e o churrasco são algumas das delícias encontradas nos restaurantes da região.

As massas mostram a influência da cultura italiana na região. E tudo isso, claro, regado a muito espumante. Além dos restaurantes, algumas vinícolas também oferecem almoço, basta se informar antes da visita.

Aposte na visita às vinícolas Aurora, Dal Pizzol, Geisse, Don Giovani, Salton, Peterlongo e Miolo.

Luiz Sella, dono da Peterlongo botando a mão na massa e ensinando como colher uvas

Restaurantes deliciosos

Se você vive de dieta, vai ter que manter o autocontrole para resistir à cozinha da região. O galeto premiadíssimo por 13 anos seguidos, o doce que não é sorvete nem mousse, o ossobuco com polenta, o mousse de iogurte com calda de vinho, os pãezinhos de manjericão e o churrasco são algumas das delícias encontradas nos restaurantes da região.

As massas mostram a influência da cultura italiana na região. E tudo isso, claro, regado a muito espumante. Além dos restaurantes, algumas vinícolas também oferecem almoço, basta se informar antes da visita.  Aposte no Casacurta, Caldeira, Di Paolo e Zaccaron.

O que não pode faltar na mala?

As quatro estações do ano são próprias para visitar a Serra Gaúcha, cada uma com seu charme. No caso do verão, algumas coisas são essenciais para não atrapalhar sua viagem. Roupas leves e confortáveis, já que você vai andar bastante no meio das vinícolas.

Repelente e protetor solar são itens essenciais, já que pernilongos estão em toda a parte. Boné e óculos de sol também fazem parte do kit. Leve máquinas fotográficas ou use o celular para fotografar, as paisagens são de tirar o fôlego.

Dica-bônus

foto juliana_zorzato_ladobviagem_vinícola (1)

Durante os quatro dias e cinco noites que passei na Serra Gaúcha, por conta do clima quente e sol forte, o pôr do sol visto da serra é um espetáculo à parte.

Vale a pena parar para ver o sol desaparecer no horizonte. Se você gosta de fotografar, pode levar o seu melhor equipamento. O roteiro de visita da vinícola Salton é um mergulho pela história dos donos da empresa desde sua fundação, mas eles conseguiram colocar isso na arquitetura do prédio. Vale o passeio.

Outra coisa que você vai encontrar por lá  é simpatia. De todos os lados. Os funcionários de todos os locais visitados parecem muito satisfeitos com o local de trabalho e isso fica explícito em todos os serviços oferecidos.

* Juliana Zorzato viajou a convite das vinícolas do Sul do Brasil