Acordar com o barulho do mar, pássaros e vento nos coqueiros. Depois, siga para tomar seu café da manhã com guloseimas baianas, na companhia de macaquinhos nativos e iguanas. Sim, parece um paraíso em terra.
O ponto alto dessas férias na Bahia ainda está por vir: conhecer as gigantes do mar, as baleias-jubarte. A experiência no Tivoli Ecoresort Praia do Forte é a de completa integração com a natureza.
Descubra abaixo como ver as baleias na natureza – nada de animal preso – e conheça o hotel que ganhou meu coração paulistano.
O Tivoli está localizado em área de proteção ambiental. Os coqueiros gigantes e árvores nativas continuam por lá. Animais nativos, também, e soltos, vivendo entre o hotel e a mata, por onde bem entenderem.
De macaquinhos a iguanas. Uma iguana pode chegar a medir 1,80 do corpo ao final da cauda. Elas são vistas por toda parte. Essas abaixo escolheram a área do Thalasso SPA do hotel para tomar sol.
Nada bobas:
Para os esportistas, a natureza pode ser observada desde cedo da aula de alongamento ou ioga no jardim, de cara para praia, stand up paddle clube de golfe, aulas de dança entre outras atividades.
Tanto casais em lua de mel como famílias com bebês acham no local o seu paraíso particular.
O hotel foi premiado pela World Travel Awards, como o melhor resort familiar da América do Sul. Para crianças, parquinho e serviço de baby sitter ajudam os papais a ficarem tranquilos.
Na diária, estão inclusos jantar e café da manhã, com direito a bolos baianos, frutas frescas, sucos, pães, tapioca e ovinho mexido feitos na hora, além de jantar.
No buffet da noite, acompanhado de música ao vivo, conte com todas as iguarias da Bahia, além de farta salada e massa, para os vegetarianos como eu. Delicioso.
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Baleias jubarte: os gigantes gentis
É do hotel que saem os passeios incríveis para avistar baleias jubarte, as gigantes do mar. Não dá para perder.
Elas chegam a medir 16 metros e pesam 40 toneladas, o mesmo que oito elefantes juntos. São gigantes inteligentíssimas, supermaternas, protetoras e inofensivas ao humano. Mas quase foram extintas por causa de ganância e lucro.
Já imaginou ter o privilégio de ver um bicho desses? De julho a novembro, as jubartes saem da Antártida para namorar e reproduzir nas águas quentinhas do litoral baiano.
Muitas têm seus bebês aqui. E, para engordá-los 30 kg por dia, contam com a dose diária de 100 litros de leite expesso, formado por 40% de gordura.
Eles têm que ficar fortinhos para aguentar a volta ao mundo gelado e a luta contra predadores.
Em alguns pontos da Bahia, existem os passeios baleeiros, que levam o turista a alto-mar, a uma distância segura ao visitante e não invasiva para as baleias, para observação. São eles Abrolhos, o principal berçário das baleias, Porto Seguro e a charmosa Praia do Forte.
A praia do Forte, a 50 km de Salvador, é conhecida principalmente pela proteção das tartarugas-marinhas. Esse cantinho da Bahia também tem o apoio do Projeto Baleia Jubarte, de proteção aos bichos.
O Instituto ajudou a acabar com a caça no Brasil e criou um santuário brasileiro para elas. Depois, conheça a história no blog de proteção animal do R7, Patas ao Alto.
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Como é o passeio
A expedição para avistar baleias dura de três a quatro horas. E pode ser que elas nem apareçam.
Nenhum atrativo ou indução a comportamento é usado para que elas dêem o ar da graça. Você não vai beijar baleias adestradas, alimentar os gigantes, tampouco nadar com os bebês.
Se der sorte, vai topar com grupos competitivos. Isso acontece quando um bando de machos quer impressionar a fêmea para ganhar seu coração e corpinho.
Na conquista, ela lidera o bando, nadando na frente. Machos nadam atrás, saltam e fazem sons para que a baleia se encante com ele. A vida não é fácil para o macho da espécie.
Depois, a grávida retorna para a Antártida comer toneladas de krill – um tipo de camarão -, seu alimento preferido, durante a gestação de 11 meses.
Voltam, então, para ter seu bebê nas águas quentinhas da Bahia, onde estão protegidos de predadores.
Também é possível ver mães com bebês. Eles mamam o leite cheio de gordura, que sai em jato em direção à boca do pequeno.
Um dia na Praia do Forte
Nem só de mar vive o paraíso. A antiga aldeia de pescadores virou a Praia do Forte, vilinha rústica e charmosa, cheia de lojinhas que vão do artesanato baiano e à lojas de grifes internacionais.
Bistrôs, botecos e restaurantes não faltam. Também tem uma baladinha à lá música baiana que rola com banda ao vivo às sextas e sábados.
O local ganhou esse nome pois o vilarejo começou em volta de uma fortaleza, do português Garcia D’Ávila, construída no século 16. O castelo Garcia D’Ávila armazenava mercadorias que chegavam à colônia pelo mar.
A praia ficou ainda mais famosa com o Projeto Tamar, que protege tartarugas-marinhas. Mas este é um assunto para mais uma matéria sobre o lindo destino.
Sim, voltarei à Bahia, mesmo porquê, como disse, no passeio para avistar as baleias, elas podem não aparecer.
E, bem no dia em que visitei a praia, as gigantes jubartes estavam de folga, talvez, em um chamego baiano com seu namorado ou amamentando bebês debaixo do mar.
Tudo bem, estão mais que perdoadas. Mais um motivo para voltar ao Tivoli.
O hotel está a 50 km do aeroporto de Salvador e oferece transfer pago ao aeroporto, sendo R$ 200 por pessoa com ida e volta.