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Pelas imensas paredes de vidros duplos da suíte no Cheetah Plains, na África do Sul, é possível ver elefantes livres na savana.

Sentada na borda da piscina, observei, de perto, hipopótamos, búfalos e vários tipos de cervos bebendo água no rio, em frente ao lodge.

Leões, leopardos e filhotes de hiena andaram tranquilamente a 1 metro do carro em que eu estava. A experiência de um safári sustentável, integrado à natureza, é completamente diferente.

Elefantes vistos da janela do quarto do lodge, na África do Sul – foto Cheetah Plains

Cheetah Plains é hoje o lodge mais sustentável, tecnológico e exclusivo da África do Sul.

Gestão inteligente de água, abastecimento de 100% com energia solar, apoio à comunidade local, reciclagem de todo lixo, exclusão de plásticos de uso único e arquitetura sustentável com eficiência energética são algumas das iniciativas implantadas.

Em 2023, recebeu o prêmio Africa’s Leading Green Hotel (Hotel Mais Verde da África), pelo World Travel Awards. Em 2024, virou o primeiro lodge de safári com emissão de carbono negativa na Reserva Sabi Sand.

Ele está localizado na Sabi Sand, que é integrada ao Kruger National Park, a maior área protegida da África do Sul e um dos maiores santuários, com animais livres e protegidos, do mundo.  Abaixo, conto como chegar ao lodge.

Piscina de uma das vilas, de onde podemos observar elefantes, hipopótamos e búfalos na savana

Hipopótamos vistos no rio à frente da piscina de uma das vilas do lodge – foto: Cheetah Plains

Reserva Sabi Sand é integrada ao Kruger National Park, a maior área protegida da África do Sul e um dos maiores santuários com animais livres e protegidos do mundo – foto Cheetah Plains/ Divulgação

A energia solar alimenta 100% do hotel e os carros de safári. O lodge conta com estruturas gigantes que abrigam centenas de placas solares. Elas se movem de forma inteligente em busca do sol.

E os animais livres chegaram muito mais perto dos carros, por estarmos em veículos elétricos, sem cheiro nem barulho.

Trata-se da única frota de safári do tipo na África do Sul. Foi a melhor experiência de observação de animais na natureza que já tive.

oto Cheetah Plains

Arquitetura premiada  economiza recursos naturais e integra a estrutura à natureza – foto Cheetah Plains

Para melhor aproveitamento da luz solar durante o dia e ventilação natural, o lodge também foi pioneiro na construção, usando técnicas, desenho e materiais eficientes.

O resultado é uma arquitetura afro-minimalista ultracontemporânea, que mais parece uma extensão da savana, integrada a ela de forma segura e que economiza recursos.

Com as soluções arquitetônicas verdes, o lodge foi reconhecido como melhor eco-luxuoso da África pela publicação inglesa BUILD  Architecture Awards 2023:  Best Eco-Luxury Hospitality Design.

Descubra abaixo o porquê o Cheetah Plains também entrou na lista seleta da revista Condé Nast como um dos 10 melhores lodges de safári da África do Sul.

Leões na reserva Sabi Sand, na África do Sul – foto Cheetah Plains

Vila e jantar sob estrelas

Para se hospedar no Cheetah Plains reserva-se uma vila, e não um quarto. Coloquei o preço mais abaixo.

A vila é um complexo com 4 suítes separadas, pequenos lofts com portas duplas de vidro para varandas privativas, que permitem observar animais, afinal, o lodge está dentro da reserva natural.

Além das suítes, cada vila tem um espaço comum, só para aquele grupo.

Nele, há piscina privativa de frente para a savana, sala de jantar, sala de TV,  adega com rótulos raros só para aquele grupo e um sommelier à disposição.

Da piscina da minha vila, vivi um momento National Geographic, ao flagrar uma manada de búfalos e cervos bebendo água neste rio, abaixo. Também passei horas observando os hipopótamos que vivem por lá.

Já ouviram o barulho que os hipopótamos fazem? Está tudo nos destaques dos stories @ladobviagem,

Piscina de uma das vilas com vista para o lago, onde elefantes e mais animais vêm beber água – foto Cheetah Plains

Área de descanso privativa é uma continuidade da sala de jantar, aberta e ventilada, com temperatura fresca, mesmo sem precisar de ar-condicionado, devido aos recursos arquitetônicos utilizados – foto Cheetah Plains

Sala de jantar de uma das vilas, sempre integrada com a natureza e com obras de arte de artistas sul-africanos – foto Cheetah Plains

Cada adega de cada vila conta com quase 200 rótulos que podem ser provados a qualquer momento, pois tudo está incluído. Muitos deles raros, escolhidos a dedo.

Para cada vila, trabalham de 8 a 14 funcionários, incluindo chef de cozinha, sommelier, mordomo, equipe de cozinha, terapeuta de spa, além de profissionais especializados em vida selvagem, tracker e ranger, que são profissionais indispensáveis para um safári de qualidade, como conto mais abaixo.

A vila tem ainda um espaço para Boma, sabe o que é? Boma, palavra no língua Swahili (ou Suaíli), denomina o jantar sob as estrelas.

É também o espaço aberto destinado a essa experiência, geralmente integrado à savana, que reúne pessoas queridas ao redor de uma fogueira. No menu sempre terão delícias sul-africanas e um bom vinho Pinotage (veja abaixo).

Não dá para sair da África do Sul sem a experiência, que também é organizada pelo lodge.

Espaço para Boma, o jantar sul-africano sob as estrelas, aberto para a savana – foto Cheetah Plains

Amantes de arte ainda caminham ao lado de esculturas no jardim e podem apreciar obras de artistas africanos espalhadas por toda vila.

As obras exclusivas estão à venda. Há, inclusive, uma filial da  Goodman Gallery dentro do lodge, a galeria mais importante do país, que tem uma história de luta contra o Apartheid, ao valorizar artistas africanos.

Fundada em 1966 durante o Apartheid,  a galeria foi o único lugar na África do Sul onde artistas negros podiam mostrar o  trabalho.

Engajada politicamente, desafiava estruturas violentas da época com arte.

Hóspedes que se interessam pelos quadros ou esculturas podem contar com um profissional da galeria, que virá especialmente para contar mais sobre as obras, como explica Christa Dee, executiva de comunicação da Goodman Gallery.

Christa Dee, executiva de comunicação e imprensa da Goodman Gallery  conta a história de quadros e artistas africanos – foto Cheetah Plains

Filial da Goodman Gallery no lodge – foto Garrick / Cheetah Plains

A galeria fica junto da boutique do lodge, local ideal para comprar os suvenis mais autênticos.

A boutique vende jóias de designers sul-africanos, exclusivas, além de roupas e acessórios de grifes locais e peças feitas por projetos sociais, cujo lucro vai para ajuda à comunidade.

Além de jóias de design exclusivo, a boutique com vista para a savana conta peças desenhadas por sul-africanos e acessórios feitos pelas comunidades locais, cujo lucro ajuda projetos sociais – foto Cheetah Plains

Suítes: tecnologia e vida selvagem

Da minha varanda, ou de dentro do quarto com as portas de vidro, cervos, búfalos e hipopótamos aproveitavam o rio selvagem da reserva Sabi Sand.

É bem possível que você saia do quarto e tope com um cervo, como aconteceu comigo, ou até com um hipopótamo, como  foi com uma amiga.

Por isso, funcionários ficam de plantão para te acompanhar pelo lodge, especialmente à noite.

Suíte tem grandes portas e paredes de vidro e se integra à savana. Do quarto, com sorte, é possível ver os animais – foto Cheetah Plains

O quarto é tecnológico. A cama super king é regulada na altura e temperatura por um controle remoto, assim como as imensas cortinas blackout, para proteger da claridade das paredes retráteis de vidro.

Todas as suítes têm um iphone, pelo qual pode pedir qualquer serviço, pois tudo está incluído, até massagens e cabeleireiro, como conto abaixo.

Nos espaços de banheiro e banho, que são separados, tudo é automático, das luzes ao espelho e vaso sanitário, daqueles  que esquentam, dão descarga e te dão um banho ao apertar um botão.

A banheira fica criteriosamente perto da parede de vidro no banheiro, que tem vista para a savana. Que tal observar elefantes bebendo água no rio durante o banho?

Banheira da suíte também de cara para a savana – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Suíte do lodge tem varanda para a savana e área de descanso

Leopardo visto na reserva Sabi Sand, onde o lodge está – foto Cheetah Plains

Minha suíte de cara para a savana – Andrea Miramontes @ladobviagem

Área de varanda da minha suíte de cara para a savana – Andrea Miramontes @ladobviagem

Todos  os amenities, como chinelos, escovas de dente e outros são feitos de materiais reciclados e recicláveis.

Os produtos de banho e beleza são da grife local Africology, que usa ingredientes naturais africanos e é cruelty free, ou seja, nunca testados em animais.

Além da  Africology, o lodge tem parceria com a The Joinery, que usa tecidos feitos de garrafas plásticas recicladas para produzir bolsas de cosmético sustentáveis.

Na cama há um mimo, um suvenir personalizado muito especial. Mas este, deixo para que descubra quando for.

Spa particular

Porsh, terapeuta sul-africana, chega na suíte com maca e uma maleta que vira estante, lotada de produtos Africology, grife cruelty free que descrevi acima. O quarto vira um spa.

As massagistas são exclusivas de cada vila, e podemos agendar quantas e quais massagens quiser. Fiz corporal e facial, todos os dias.

Porsh monta uma maca e faz da suíte seu spa privativo; escolha quantos e quais tratamentos quiser – Andrea Miramontes @ladobviagem

Maca é montada na sua suíte para atendimento personalizado – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Também aproveitei o salão de beleza do lodge, o mais legal que já pisei, pois, com sorte, um animal pode passar pela grande janela de vidro do local.

A agenda está aberta ao hóspede com tudo incluso na diária, corte, escova, penteados, hidratação, e outros. Até cortei o cabelo na viagem, coisa que nunca fiz viajando.

O salão de beleza, bem como a academia, ficam no meio do jardim e têm paredes de vidro. É bem possível que algum animal apareça durante sua corridinha na esteira.

Academia tem arte e paredes de vidro para a savana – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Sommelier particular

Na adega da minha vila, 160 rótulos, muitos deles raros e únicos, descansavam à espera de serem escolhidos.

Para provar algum deles, bastaria falar com Mariska Witbooi, a sommelier. A especialista nasceu entre as videiras de Paarl, na África do Sul.

Mariska Witbooi, sommelier do lodge que nos acompanhou em toda a viagem – foto Cheetah Plains

Os pais já trabalharam com vinhos.  É uma das poucas mulheres que ganham destaque mundial na área, que infelizmente ainda dominada por homens.

“Estou há 12 anos na área e tive que lutar muito para provar meu valor. Entendo de vinhos do mundo todo”, conta Mariska.

Todas as nossas refeições foram cuidadosamente harmonizadas por ela.

Matiska harmoniza jantar dentro da adega de uma das vilas do lodge – foto Garrick / Cheetah Plains

Rosé antes do jantar, indicado pela nossa sommelier – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Gastronomia: escolha seu menu

Um dos vinhos que Mariska nos apresentou foi o sul-africano Pinotage, uva criada do cruzamento de Pinot Noir e Cinsault, conhecida por “hermitage”, daí a denominação “pinotage”.

O tinto da uva sul-africana vai bem com risotos e massas de molhos cremosos. Provamos vários rótulos, inclusive, um de sobremesa, que se assemelha a um licor.

Outras delícias sul-africanas podem ser provadas na gastronomia do hotel, que preparou pratos especiais, veganos e vegetarianos, para mim.

O menu do lodge não é fixo e vai se adaptar ao seu tipo de dieta e às preferências de cada hóspede.

Durante toda minha hospedagem, chefs prepararam refeições plant based a pedido – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

 

Entre as especialidades sul-africanas está sobremesa mais famosa do país: malva pudding.

Trata-se de um bolinho molhado, caramelizado,  servido quente com geleia de damasco e uma calda branca fria, originalmente de leite. Pode ser acompanhado por uma bola de sorvete.

Na versão vegana, especialmente criada pelos chefs do Cheetah Plains, o leite foi trocado por leite de coco e ficou sensacional.

Malva pudim e vinhos pinotage são realmente imperdíveis pra quem viaja ao país.

Pratos veganos pelo mundo: siga @ladobviagem

A chef Charlaine-Lee Fouche conta com  8 chefs e 4 confeiteiros para criar cada menu de cada vila, de acordo com as preferências dos visitantes.

Entre os diversos pratos vegetarianos e veganos, o chef preparou uma linguiça vegetal, que estava perfeita, e o chakalaka, creme de feijão tradicional apimentado, na foto abaixo, da panelinha.

Gin sul-africano com infusão de clitória, um flor que lembra o que você pensou – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Picnics e brunchs na savana são outras experiências que o lodge oferece e que os chefs assinam.  Pode ser que, enquanto estamos brindando, uma girafa apareça, livre na natureza.

Várias delícias foram servidas. Destaco o gaspacho de tomate e o gin com infusão de clitória, acima, uma flor que lembra exatamente o que você pensou.

O café da manhã também pode acontecer na savana. A mesa montada pela equipe, com mimosa, frutas, croissants e linguiça vegetal, foi impecável.

Brunch organizado na savana pelo lodge – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Brunch com mimosas, organizado na savana pelo lodge – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

 

Pôr do sol com petiscos veganos no meio da savana, organizado pelo Cheetah Plains – Andrea Miramontes @ladobviagem

Carro elétrico no safári

Os safáris são os pontos altos de toda viagem ao continente africano. Eles acontecem duas vezes ao dia, ao amanhecer e no final da tarde.

Neste lodge, o horário exato da saída do carro pode ser negociado, uma vez que uma equipe de safári estará à disposição da vila e daquele grupo específico.

Recomendo sair lá pelas 5h30 da manhã, para aumentar a chance de ver animais ao amanhecer. Mas os mais dorminhocos podem negociar para sair entre 6h e 7h.

Além de não poluir, por não ter barulho nem cheiro, carros elétricos permitem animais chegarem mais perto durante o safári – foto: Andrea Miramontes @ladobviagem

Leões do ladinho do nosso carro- foto: Andrea Miramontes @ladobviagem

Há duas razões que tornam esse safári um dos melhores do mundo.

A primeira é o uso de carros elétricos na savana. Sem cheiro nem barulho, os veículos não espantam os animais, que chegam mais perto da gente, além de não poluírem.

Pensando assim, ser elétrico deveria ser a regra. Mas essa ainda é a única frota do tipo em toda África do Sul.

E esses carros foram customizados com vários confortos a bordo e se tornaram únicos no mundo, não são vendidos assim.

Entre os diferenciais pensados no conforto dos passageiros, estão entradas UBS em cada poltrona e botões individuais que podem aquecer ou resfriar a poltrona, dependendo do horário do dia.

De manhã pode fazer bastante frio durante um safári, e à tarde, muito calor. Portanto, o recurso de ajuste térmico das poltronas é muito útil.

No carro ainda estão à disposição nichos com binóculos profissionais, câmeras fotográficas com superlentes para uso do passageiro e livros que explicam a fauna local.

Girafas durante o safári a bordo do elétrico Cheetah Plains foto: Andrea Miramontes @ladobviagem

O segundo fator que torna esse safári diferenciado é ter dois profissionais especializados em fauna e flora: tracker e ranger.

Ranger dirige o carro de safári, e tracker acha os animais, sentado no alto, geralmente na frente do carro.

O frescor das fezes dos bichos no solo e o tipo de pegada identificam qual animal está perto e a direção que devemos seguir.  Sobrevoo de pássaros e barulhos dos animais, também. Enfim, trata-se de uma série de conhecimentos que, combinados, levam a encontrar animais no meio do nada.

Os dois estão conectados por rádio com outros carros, e todos se ajudam na hora de conseguir flagrar cenas raras, como as que vi, e uma delas foram  leopardos copulando.

Também flagramos um bando de hienas que devoravam uma girafa, morta há dias.

Um misto de tristeza, espanto e privilégio por presenciar algo raro de ser visto toma conta neste momento, no qual absorvemos a vida no seu sentido mais básico, com animais devorados uns pelos outros. Porque, simplesmente, precisam comer.

Só em safáris muito profissionais o turista conseguirá flagrar cenas raras como essas. Daí a importância de escolher muito bem o lodge que oferece, que conte com profissionais como esses.

E assim, muito bem-acompanhadas, anoitecemos na savana, para registrar alguns dos melhores safáris da vida.

Milly Lacombe e Tati Isler durante pôr do sol na savana, no safári Cheetah Plains – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

 

Safári com carros elétricos permitem que os animais cheguem mais perto do veículo – foto Garrick / Cheetah Plains

Sustentabilidade monitorada da Alemanha

Para abastecer toda operação com energia limpa, o lodge tem de 900 a 1200 placas solares dispostas em estruturas gigantes e inteligentes, que se movimentam em busca da luz do sol, para captar o máximo possível.

A energia é transformada, armazenada e distribuída por lá mesmo.

O gerente técnico Renier Ackerman controla o processo de captação e distribuição por computadores. E absolutamente tudo é monitorado 24h remotamente, de uma central na Alemanha.

Estruturas gigantes, que abrigam de 900 placas solares, se movimentam em busca do sol o dia todo, para maior eficiência e captação de energia para o lodge – foto Garrick / Cheetah Plains

“Se algo para de funcionar, a qualquer hora do dia ou da noite receberemos alertas. Tudo é controlado para que o abastecimento nunca falhe. Mas, caso aconteça, ainda temos geradores reservas, e o lodge nunca fica deabastecido”, explica.

A frota de carros elétricos também já está na segunda geração. Os primeiros carros, em 2018 quando o lodge abriu, precisavam de mais tempo para carregar e eram menos eficientes.

Agora, os novos carros só precisam ser carregados a cada dois dias, levam 4 horas para carregar e rodam 200 km com “tanque cheio” de energia solar.

Estruturas gigantes, que abrigam de 900 placas solares, se movimentam em busca do sol o dia todo, para maior eficiência e captação de energia para o lodge m- foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Toda água usada no lodge vem do solo. Grandes poços que abastecem o complexo, e até a água potável é tratada lá mesmo.

Água usada para banho é tratada e reutilizada em jardim e limpezas. O lodge também funciona com política exclusão de plástico de uso único, e o pouco lixo gerado vai todo para reciclagem.

A comida boa não utilizada no dia é doada à comunidade.

Como chegar e documentos: pouso na savana

Cheetah Plains está localizado na reserva Sabi Sand. Mas a porta de entrada do brasileiro na África do sul será Joanesburgo. Para chegar, fiz o voo direto da Latam, que dura pouco mais de 8h e 30 minutos.

O voo parte de  São Paulo (Guarulhos) às 22h50. Decola quatro vezes na semana, às segundas, quartas, quintas e sábados. Dura um pouco mais do que 8h e 30 minutos.

Voo direto do Brasil para África do Sul dura pouco mais do que 8h e 30 minutos – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Na África do Sul,  para voltar ao Brasil, sai de Joanesburgo às 15h20 (hora local no país) às terças, quintas, sextas e domingos.

O fuso horário daqui para África do Sul é de 5 horas de diferença. Lá, são 5 horas a mais.

A aeronave tem entretenimento de bordo com telas individuais, mesmo na econômica, e segue a política de redução de plástico de uso único, com copos de papel, bandeja reaproveitável e talheres biodegradáveis. Saiba como é o voo neste link.

Além do passaporte válido com duas páginas livres para carimbos de entrada e saída, é exigida a vacina da febre amarela, que deve ser tomada no mínimo 10 dias antes do embarque.

O comprovante internacional da vacina deve ser apresentado em documento original, no papel. Não vale digital.

Não é preciso visto para entrar no país para turistas que vão ficar até 90 dias por lá.

De Joanesburgo, o viajante tem duas opções para chegar ao Cheeta Plains. Pode fazer o percurso de carro até a reserva, trajeto dura pouco mais de 5 horas na estrada, ou opta por avião.

Fomos de aéreo. O pequeno avião da Federal Air parte de um aeroporto menor, adjunto do aeroporto Oliver Tambo, o principal, no qual chegamos.

Desse terminal menor, e bastante charmoso, saem voos em aviões menores, como o Federal Air, para 12 pessoas.

Agora, fique atento a um dos pontos altos de todo trajeto aéreo da viagem. Pousamos em uma pista no meio da savana.

É bem possível que durante pouso, desembarque ou decolagem da aeronave topemos com uma família de elefantes, hienas ou outros animais. Aí vai da sorte do viajante.

O carro do lodge te espera na pista de pouso, uma vez que não há terminal de desembarque. Só pista e savana, no meio do nada.

Avião menor Federal Air que sai do terminal menor do Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em JoanesbuImagem aérea na rota de Joanesburgo à reserva Sabi Sand, no avião pequeno Federal Air – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Carro do lodge espera na beira da pista, onde não há terminal, pois estamos no meio da savana – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Tati Isler e eu, em voo que parte de Joanesburgo e pousa direto na savana, para chegar ao Cheetah Plains – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

 

Você pode ver o trajeto inteiro neste post. 

Valor da diária do lodge

Só é possível reservar uma vila inteira, com tudo incluso, como contei acima. Para reservar, é preciso ter um mínimo de 4 hóspedes.

Mas há poucas vagas para a reserva de 4 pessoas, pois, o mínimo de hóspedes por vila costuma ser 8. Crianças pagam valor proporcional, conforme a idade.

A diária por pessoa custa a partir de 2.500 dólares, aproximadamente (o que, convertido, dá entre 10 e 15 mil reais, dependendo da cotação do dia).  Reserve direto no site do lodge.

 

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Como é o voo direto de São Paulo para Joanesburgo, na África do Sul?

 

No centenário de Mandela, reviva a luta do líder em passeios na África do Sul