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Em 2019, Paraty virou Patrimônio Mundial da Unesco. A cidade é sinônimo da história do Brasil. E haja histórias!

Pirataria, símbolos escondidos na arquitetura e até a primeira caipirinha, que foi inventada na cidade, e, pasmem, não para fins gastronômicos, mas como remédio.

São 500 anos de Paraty, mas contam-se 353 desde a emancipação política.

Para uma viagem rica ao destino, guarde 1h30 para um city tour essencial com a agência Néctar Experience.

A história das igrejas centenárias é contada no tour (foto Andrea Miramontes)

Fiz o tour com Gabriel Toledo, sócio e consultor de experiências da Néctar, parceira da Pousada do Sandi.

Quem faz a reserva na pousada já recebe um cardápio de experiências para agendar com a a Néctar.

Além do city tour, a agência tem passeio de barco, ioga na praia, mergulho, snorkeling, Jeep tour, birdwatching, caiaque com visita às ilhas e outras.

Formado em turismo e hotelaria, Gabriel é presidente da associação de turismo da cidade e um apaixonado por história.

Quando o tour termina, dá vontade de saber mais. Para te dar um gostinho do que é a cidade, reuni aqui cinco curiosidades sobre Paraty.

1 – Barquinhos coloridos

Paraty e os barcos coloridos (foto: Pixabay)

Barcos são símbolos de Paraty, pois a cidade nasceu como uma vila de pescadores. Mas como eles ficaram todos coloridos e decorados como são hoje?

Quando os barcos começaram a levar turistas, em vez de concentrar-se na pesca, havia um barquinho, chamado Cleopatra, que se destacou por ser todo pintado de rosa.

Casais apaixonados em visita a Paraty se enfileiravam para embarcar no Cleópatra, pela cor, sinônimo da paixão.

O barquinho vivia com filas, o que intrigou os outros barqueiros. De um dia para o outro, todos os barqueiros combinaram e pintaram seus barcos de rosa.

“De tons diferentes, mas quando você chegava no lardo da Santa Rita estavam todos rosados”, diverte-se Gabriel.

Hoje, todos são bastante coloridos, o que rende fotos lindas no destino.

2 – Ataques piratas

Paraty é uma das primeiras obras urbanísticas do Brasil. Todas as ruas foram projetadas antes de migrar com a cidade do topo do morro para onde está.

As ruas foram traçadas, intencionalmente, em formato sinuoso, a fim de proteger os moradores de eventuais ataques piratas.

Paraty já foi rota do ouro, o que atraia a atenção dos gatunos.

Ruas estrategicamente curvas para não se enxergar o fim delas (foto Pixabay)

A arquitetura urbanística facilitava a proteção das pessoas, pois em razão do ângulo, dava a impressão que a rua estava vazia, pois não se vê o final dela.

Isso ajudava a afastar os piratas, que não atacavam quando não viam o final das ruas.

3 – Veneza brasileira

Sabia que as águas que inundam ruas de Paraty são propositais? Uma série de ruas da cidade foi construída abaixo do nível da maré mais alta.

Ruas foram projetadas abaixo da maré para serem alagadas (foto Pixabay)

Isso foi feito para que a água do mar invada as ruas da cidade e limpe tudo. Trata-se da última intervenção urbanística da cidade. Mais ou menos, em 1.800.

As ruas foram desenhadas assim por questões sanitárias. Nessa época, não existiam banheiros, e as pessoas jogavam todo o esgoto (!) pelas portas de suas casas.

Dessa forma, o mar vinha e  “lavava” tudo. A solução foi inspirada em uma antiga técnica romana, que também lavava as ruas da capital italiana do mesmo jeito.

4 – Maçonaria e símbolos

Por toda Paraty é possível ver símbolos do catolicismo e da maçonaria. A cidade virou um dos berços maçônicos do Brasil nos anos de 1.700.

Nas construções, a decoração externa passa batida a quem não sabe identificar os símbolos, mas eles estão lá.

É possível identificar desde a coluna com triângulos e o olho que tudo vê, até as figuras de 3 pontas, representados não só pelo triângulo, como também em flores e demais decorações.

Alguns historiadores dizem que os três pontos significam Liberdade, Igualdade, Fraternidade, já outros argumentam que são passado, presente e porvir.

Os símbolos foram colocados nos lugares estratégicos para identificar que ali há um maçom.

A maçonaria nasceu na Europa, na Idade Média, entre os séculos 5 e 15.

 5- Invenção da caipirinha

Ninguém deveria sair de Paraty sem provar a cachaça local, uma das mais famosas do Brasil.

Mas a maestria vai além dos alambiques. Paraty praticamente inventou a caipirinha, no ano de 1.856. O assunto é sério, e o fato está registrado no livro de ofícios da prefeitura.

historia de paraty

historia de paraty – lado b viagem

A capiririnha nasceu durante um surto de cólera, para salvar as pessoas, diz o documento.

“A necessidade obrigou a dar essa ração de aguardente temperada com água, açúcar e limão, a fim de proibir que bebessem sua simples”.

Antes mesmo da invenção da caipirinha (original é sem gelo) a cachaça já era usada com limão para curar gripes e mais doenças.

Hoje, a caipirinha mais famosa da cidade é o drink Jorge Amado, feito com cachaça Gabriela (com infusão de cravo e canela), maracujá, limão, açúcar e gelo.

Descubra a receita neste link.

Drink Jorge Amado, feito com cachaça Gabriela! Veja a receita 

 

foto: Pixabay