Mônaco acaba de ganhar um centro de resgate e tratamento de tartarugas marinhas, dentro do Museu Oceanográfico, um dos lugares mais lindos do principado.
O espaço se dedica a ajudar animais resgatados do oceano a voltar ao habitat natural.
Na maioria das vezes, os animais foram pegos em redes de pesca, têm anzóis nas gargantas, tiveram as cascas rachadas, nadadeiras cortadas ou comeram plásticos de lixo.
A importância de um centro de ajuda como esse é imensurável.
Para ajudar os bichos a se recuperar, o Centro de Resgate Monegasco de Espécies Marinhas (CMSEM) tem veterinários especializados.
Tartarugas são recolhidas diretamente do mar, na costa de Mônaco ou proximidades. O centro também recebe tartarugas de outros institutos de resgate que estão lotados.
O objetivo é fazê-las voltar ao mar. Mas, antes, elas são colocadas em uma piscina de reabilitação ao ar livre, para garantir sua capacidade de retornar ao ambiente natural.
Os animais precisam de um tempo para recuperar habilidades como de se alimentar e nadar sem ajuda.
Visitantes podem ver o centro de perto e também acompanhar o itinerário dessas tartarugas reabilitadas online.
Esse tipo de visita é de uma importância absurda, pois ajuda a todos, especialmente crianças, a conscientizar sobre a importância de preservar os animais do oceano.
Quando estive em Mônaco, em março, ainda não tinha sido inaugurado. Só passei pelo museu e me informei da novidade, agora aberta ao público.
É a segunda iniciativa dessa que tenho a alegria de conhecer. A primeira foi um hospital de tartarugas em Key West (EUA), que me emocionou muito.
Como é o Museu em Mônaco?
O Museu Oceanográfico está na listinha de passeios indispensáveis a quem visita o principado.
O acervo centenário tem uma coleção preciosa de instrumentos, maquetes, documentos e pesquisa na navegação e nos oceanos.
Muito desse material foi guardado pelo próprio príncipe Albert I (1848 –1922), que fundou o museu em 1910.
O príncipe foi um explorador, apaixonado pelos oceanos, que dedicou a vida às descobertas e expedições científicas. Ele é reconhecido como pioneiro na investigação científica do oceano profundo.
O explorador francês Jacques Cousteau (1910 – 1997) foi diretor do museu por mais de 30 anos, e um submarino amarelo de 1966 usado por ele está exposto na porta do prédio.
A Sala da Baleia, onde estão muitas das descobertas de Albert I, abriga ainda um esqueleto gigante do animal. O príncipe também foi aficcionado em escavações arqueológicas.
Um ator, sósia do príncipe, dá vida ao explorador em projeções em tamanho real, nas paredes do museu. Bem ilustrativas, bastante realistas.
Os vídeos explicam os avanços na pesquisa oceanográfica conquistados por Albert I.
Para levar uma lembrancinha gratuita do museu, um simulador faz uma foto do visitante como se fizesse parte da tripulação do príncipe.
Neste dia que fiz a minha, o mar estava meio revolto, e a foto saiu tremida. A foto é enviada ao seu email.
Normalmente, não faço visita a aquários. Mas neste museu, o aquário está ligado a um centro de pesquisas e preservação dos oceanos.
O acesso ao centro de reabilitação de tartarugas-marinhas se dá por ele. Inúmeros animais vão voltar aos oceanos nos próximos anos.
Merece aplausos, apoio e visita. O prédio do museu fica em um penhasco à beira do Mediterrâneo, como mostro neste vídeo abaixo.
No terceiro andar do museu, o rooftop abriga um restaurante e um observatório.
A vista para Mônaco e o Mediterrâneo não poderia ser mais linda.
Venta bastante lá em cima, e, se for no período de inverno, como eu, leve um casaco.
Museu Oceanográfico – ingresso 11 euros; horário veja na tabela abaixo, de acordo com o mês de sua visita
January | February | March | 10 am to 6 pm |
April | May | June | 10 am to 7 pm |
July | August | 9:30 am to 8 pm |
September | 10 am to 7 pm |
October | November | December | 10 am to 6 pm |
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