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Los Angeles tem atrações bem espalhadas, muitas vezes a 40 minutos ou uma hora de carro, uma da outra, e depender de carro de aplicativo certamente sairá mais caro. Há transporte público, mas não é o forte no local.

Alugar um carro em LA também possibilita viver o sonho de uma road trip pelo estado do surf nos Estados Unidos, mas o projeto pode descer ladeira abaixo se o motorista não estiver atento a algumas regras de trânsito, documentação e custos. Uma delas é justamente a habilitação brasileira, explicada mais abaixo. 

Já o valor da aventura vai além da locação e também deve considerar seguros, estacionamentos, pedágios e combustível.

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Em Los Angeles, para qualquer lugar que se vá se pega uma autopista, como se fosse uma estrada – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Documentos

A habilitação brasileira, que é válida nos Estados Unidos, tem um detalhe importante, que pode arruinar a viagem do motorista desatento.  “É obrigatória a apresentação do documento físico, uma vez que a versão digital não tem validade fora do território nacional”, ressalta Michelle Tonon, diretora comercial da Mobility, que trabalha com todas as companhias de locação de veículos pelo mundo. 

Quem vai locar ainda deve ter em mãos passaporte e cartão de crédito internacional, liberado, com limite para caução, valor que será retido e devolvido ao final do contrato, caso não haja danos do veículo.

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Preços e seguro

As locadoras praticam valores que variam de acordo com o local e o tipo de carro. “O consumidor pode encontrar veículos a partir de 30 dólares por dia, mas o valor também pode passar de 500 dólares (R$ 150 a R$ 2.500)”, completa a executiva. 

No entanto, o motorista deve estar atento que, na maior parte dos Estados, neste valor de locação não estão incluídos os seguros.  

“Na reserva, ainda no Brasil, sempre recomendamos a contratação que inclui o seguro do carro (LDW) e a proteção a terceiros (Liability). Nos EUA, estes seguros não possuem co-participação (franquia) em caso de qualquer ocorrência, dentro dos termos previstos em contrato”, explica Michelle.

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Estacionamentos

Em locais badalados, como San Diego e Santa Monica, na Califórnia, o preço de poucas horas de estacionamento pode ser de 30 a 60 dólares por período (de R$ 150 a mais de R$ 300). Se quiser economizar, além de procurar lugares mais distantes das atrações, pode parar na rua, desde que obedeça às regras. 

Primeiro, preste atenção nas placas e nas cores da guia. As cores indicam restrições de pessoas, dias e horários. Seu carro pode até ser guinchado se estiver parado incorretamente.

Em segundo lugar, pague os parquímetros, postinhos distribuídos nas calçadas. A maior parte das cidades tem parquímetro que aceita cartão de crédito, custa cerca de um dólar a dois dólares por hora e evita multas.

Abastecer o carro

Contrate a locação com cláusula para devolver com tanque vazio – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Como muitos já viram em filmes e séries, postos de gasolina dos EUA, em geral, não têm frentistas, e o abastecimento é feito pelo usuário, que coloca cartão de crédito na máquina para liberar o combustível.

Os norte-americanos medem o combustível por galão, e não por litros, como no Brasil. Um galão equivale a 3,8 litros, aproximadamente. Com valor apurado em maio de 2024, o valor do galão de gasolina custa, em média 5,50 dólares, na Califórnia (cerca de R$ 30), e 3,30 dólares na Flórida (cerca de R$ 18).

Quem loca carro elétrico deve considerar que, nos EUA, a maioria dos eletropostos cobra para abastecer. Na Califórnia, há muitos locais como esse, o que facilita a vida de quem opta pelo elétrico. Mas, com um modelo desses, o locador deve baixar aplicativos que indicam onde recarregar.

No entanto, nenhum dos hotéis em que estive tinha estação de abastecimento, para deixar carregando, durante o tempo parado no hotel. Quem estiver com elétrico deve se programar para não ficar na estrada.

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Facilidades 

Na hora da reserva, o viajante pode pedir para incluir uma cláusula de entrega do carro com o tanque vazio. Normalmente, na locação de veículos, o motorista deve encher o tanque antes de entregar, para evitar cobranças posteriores no cartão de crédito. Mas, com essa cláusula, não terá a obrigação, o que facilita muito a vida na devolução, especialmente quando não há muito tempo antes do voo para deixar o carro na locadora.

Lembre-se que as leis norte-americanas são estaduais, e cada Estado pode mudar suas normas. Na Califórnia, ao locar um carro, não é necessário pagar por motorista adicional, que já estará incluso, caso os dois sejam casados. Em outros Estados, é bem possível que a taxa seja cobrada, caso os consumidores queiram dividir a tarefa de dirigir.

Pedágios

Andrea Miramontes @ladobviagem

Em muitos Estados, a cobrança de pedágios já não tem postos de parada. Na Califórnia, nem a tag de pedágio é necessária, pois o motorista é cobrado pela leitura da placa, direto no cartão de crédito.

Em outros locais do país, a cobrança pode ser feita por tag no carro, como acontece também no Brasil.

“O custo da tag pode variar de 4 dólares por dia, mais os custos dos pedágios,  até 15 dólares por dia, que pode incluir os pedágios. A recomendação é sempre se informar sobre os pedágios naquele local, já na retirada do veículo”, aconselha a especialista.

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Polícia e regras de trânsito

Diferentemente do Brasil, que saímos do carro para falar com o policial, por lá, caso seja abordado, o motorista deve ficar dentro do veículo. É importante também manter o contrato de locação impresso no carro, que será pedido pelo policial, junto com a habilitação.

“Mantenha-se calmo e siga exatamente a orientação da autoridade. Baixe os vidros, não saia do veículo e mantenha as duas mãos no volante”, reforça Michele.

Ela também compartilha algumas regras de trânsito importantes, como as conversões à direita em cruzamentos. “Mesmo com semáforo no vermelho, essas conversões são permitidas, desde que não exista nenhuma placa informando a proibição. E, em ladeiras, você deve virar a direção de forma que a roda da frente fique apoiada na guia, para evitar  que o veículo desça a ladeira se o freio falhar”, completa Michelle.

Texto meu, publicado no UOL

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