Seychelles, um dos destinos exóticos de natureza mais bem-preservada que já visitei, abriu as fronteiras para viajantes.
O arquipélago africano no Oceano Índico passou a receber visitantes neste março. Mas como conseguiram abrir as fronteiras de forma segura?
O controle rígido do governo na gestão desse período resultou em poucas mortes por Covid-19, durante todo período.
O país já está adiantado com as vacinas da população local. E todas as medidas de segurança, como uso de máscaras e teste antes do embarque, estão em vigor.
Neste momento de reabertura, hotéis, operadoras e companhias aéreas com representantes no Brasil estão com condições especiais para que você se programe rumo ao paraíso.
Que tal pensar nas férias no final do ano ou para o ano que vem? Veja abaixo o que te espera.
Viagem a outro mundo
Sabe a sensação de realmente conhecer outra cultura e pisar em um paraíso? Seychelles traz isso aos visitantes. São 115 ilhas, incluindo Praslin, onde estaria o paraíso de Adão e Eva.
Faz parte desse arquipélago exótico a ilha das tartarugas gigantes, animais de 300 kg e 200 anos, além de uma natureza intocada, rodeada pelo Oceano Índico.
Neste texto, conto como chegar à ilha minúscula, lar desses animais raros e milenares.
Seychelles é desse azul imenso, uma calmaria, mas também tem festas locais, como o Festival Creole, uma explosão de cultura africana que acontece uma vez ao ano.
No período pandêmico, o Festival Creole foi suspenso, mas nestes próximos anos, em que tudo normaliza, voltará a acontecer.
O festival de cultura e gastronomia assemelha-se ao nosso Carnaval. Trata-se de uma vitrine de toda cultura local, Creole, de Seychelles.
Com música e apresentações pelas ruas, o país celebra sua história. Nos restaurantes, oferece ao visitante o caldeirão de culturas que gerou uma gastronomia ímpar, temperada e fresca.
A festa mostra ao mundo a trajetória que o levou hoje a ser um dos países mais desenvolvidos da África, com maior PIB per capta e IDH (Índice de desenvolvimento Humano) muito alto.
Há tanto que ver e viver em Seychelles que um texto só nunca resumiria suas belezas.
Como destaque, não posso deixar de falar do maior coco do mundo, o coco de mer. A fruta é o símbolo do país e está até no carimbo do passaporte.
O maior coco do mundo só dá lá, e há registros de frutas com até 42 kg. Ele demora demora 7 anos para amadurecer. As árvores do coco, macho e fêmea, chegam a viver 400 anos.
A árvore fêmea leva 25 anos para começar a produzir o coco e o carrega por 10 anos. A árvore macho produz o pólen.
Há uma reserva, Patrimônio Mundial da Unesco, para ver pertinho essa raridade. Trata-se do Vallée de Mai, reserva natural de palmeiras gigantes.
Palmeiras chegam a medir 30 metros de altura, como um prédio de 10 andares. Já imaginou?
Quantos dias e onde ficar?
Das 115 ilhas, três são mais visitadas. Começo por Mahé, onde está a capital, Victoria, e onde será seu ponto de chegada, pois na capital está o aeroporto internacional do país.
90% da população de Seychelles, os seychellois, moram nesta ilha. Mahé também tem praias paradisíacas e abriga a maior parte do Festival Creole (acima).
Programe, no mínimo, 10 dias em Seychelles. Hoje, eu faria 15 dias.
Seus quatro primeiros devem ser dedicados a explorar Mahé, com praias, trilhas e mirantes inacreditáveis.
Depois, procure conhecer as outras ilhas. Indico em especial as maravilhosas Praslin e La Digue.
A ilha de Praslin, segunda maior do arquipélago, abriga a casa do Coco de Mer, o vale que é Patrimônio da Unesco, além de praias premiadas como algumas das mais lindas do mundo.
Em Praslin, você encontra conexão de barco a muitas outras ilhas menores, exóticas. Para se hospedar, há opções em hotéis supersustentáveis, que têm até piscina de água potável.
De Mahé a Praslin dá para se locomover de avião (20 minutos!) ou ferry. Programe pelo menos 3 dias em Praslin, com passeios de barco para explorar outras ilhas.
Algumas são ainda privativas, ocupadas por hotéis paradisíacos e exclusivos.
Minha terceira dica de roteiro, que pede no mínimo dois dias inteiros, se possível, três dias, é La Digue.
Na ilha de La Digue está uma das praias mais fotografadas do mundo, Anse Source d’Argent.
Nesta praia maravilhosa, toda rochosa, não deixe de fazer snorkel para ver peixes coloridos do Oceano Índico, além de agendar um passeio de caiaque.
Não espere alugar carro para se locomover por La Digue. Lá, tudo é feito de bicicleta.
Medidas de segurança
Visitantes precisam apresentar um teste PCR negativo realizado 72 horas antes do embarque para o destino.
Por enquanto, não há mais a exigência de quarentena nem restrição de mobilidade dos turistas após a entrada nas ilhas.
Não é preciso tirar visto. No entanto, além do passaporte válido, é necessário ter o comprovante da vacina da febre amarela para entrar no país.
Vale ressaltar, porém, que os turistas ainda serão obrigados a aderir às medidas de saúde pública adotadas por conta da pandemia, incluindo o uso de máscaras faciais, o distanciamento social e a higienização regular das mãos.
De acordo com o Ministro das Relações Exteriores e Turismo, Sylvestre Radegonde, flexibilizar os procedimentos de entrada só foi possível graças à campanha de vacinação iniciada no país em janeiro.
“A campanha tem tido sucesso. As medidas anunciadas foram tomadas após consulta e com o endosso de nossas autoridades de saúde”, reforça. O país apenas ainda não abriu para visitantes da África do Sul.
No site brasileiro do turismo de Seychelles você encontra todas as informações para a viagem, até mesmo o preço médio de comidas e bebidas. Vale a pena visitar, clique aqui.
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