Batuques africanos são entoados por toda capital de Seychelles, Victoria, durante o Creole Festival, a maior festa do arquipélago africano.
Com 115 ilhas no Oceano Índico, Seychelles é daqueles lugares cinematográficos, com hotéis de supeluxo e clima praiano.
O destino exótico tem no festival o espelho de sua cultura multiétnica. Com 98 mil habitantes, chamados seychellois, o país é formado por uma mistura de povos e religiões.
Terra do coco de mer, o maior coco do mundo, que chega a 30 quilos, Seychelles é também a casa das tartarugas gigantes, que podem chegar a 300 quilos e vivem 200 anos.
O arquipélago descoberto por portugueses volta de 1500, foi colonizado pela França e Grã-Bretanha. Tem forte influência dois dois destinos.
Seychelles passou por um período de escravidão, com africanos de outros países trazidos por europeus. Assim como no Brasil, a escravidão acabou no país só no século 19.
Hoje é um país rico, que vive do turismo pra lá de profissional, e que apresenta alto Índice de Desenvolvimento Humano, em posição superior à do Brasil na lista da ONU.
Como é o festival?
Creole Festival fez 34 anos, dura uma semana e acontece todos os anos entre final de setembro e começo de outubro.
As festas com música, comida típica e cultura creole acontecem em Mahé, ilha onde está o aeroporto internacional e a capital, e em mais duas ilhas, La Digue e Praslin.
Manifestações de arte encantam visitantes em todas as frentes. A maior parte musical, mas há também dança típica, pinturas, concurso cultural, gastronomia e até um Carnaval.
A percussão creole gerou uma dança chamada kanmtole, apresentada pelas ruas e palcos. Na música, uma mistura dos ritmos Sega com Reggae, chamado Seggae, também é bastante comum.
O desfile de Carnaval é a parte principal da festa. As ruas do centro da capital ficam tomadas por carros alegóricos e foliões, fantasiados de acordo com categorias.
Cada ala representa uma parte do caldeirão de culturas que compõem o povo de Seychelles, dos asiáticos, aos indianos, africanos e europeus. Também reforçam o passado, com carros dedicados a piratas e até à escravidão.
Crianças e adolescentes, estudantes seychellois, participam de festivais, com dança, música e pintura.
Quadros representam Seychelles, concorrem a prêmios e são expostos em galerias, na parte do evento chamado ‘Moman Kreativite’.
São pinturas de crianças de 8 anos até adolescentes. O olhar infantil impresso nas telas com as cores e ícones de Seychelles demonstra a alegria de viver em uma terra tão especial.
A visita à exposição dos pequenos fica aberta ao turista.
Um casamento típico encerra a festa. De maioria católica, os seychellois se casam na igreja. Depois todos seguem a pé, em procissão, para a festa.
É possível acompanhar o comboio pelas ruas de Victoria, liderado pelos noivos e seguido por padrinhos, convidados e pela banda.
Comida creole: coco e temperos
Restaurantes ganham cardápio especial durante a festa. A comida cheirosa de Seychelles vem muito temperada e tem como base os peixes e frutos do mar.
É comum ver pratos feitos e enfeitados com muito pimentão e frutas tropicais, incluindo o coco. Seychelles é a terra do coco, com 5 variedades.
Esqueça a dieta e não dispense as sobremesas com sorvetes, flans e caldas de coco, algumas delícias também com baunilha natural, colhida nas ilhas.
Vegetarianos, como eu, encontram saladas coloridas com frutas e pratos com legumes cozidos e empanados. É comum topar com ratatouille no cardápio.
O cozido de legumes, especial no cardápio dos melhores restaurantes, como o La Pirogue, em Praslin, é uma das influências francesas nas ilhas.
Não deixe de provar as frutas. São cheirosas e rendem sucos deliciosos. Ama drinks? Bebidas com frutas aromáticas levam rum produzido em Seychelles.
De toda experiência de música, gastronomia e arte durante a festa, o mais emocionante é vivenciar o orgulho seychellois em revelar sua cultura miscigenada a todos.
Creole Festival é um evento para fixar raízes e descobrir novos mundos.
— Miniguia Seychelles —
Documentos
Seychelles não exige visto. Tenha passaporte válido, inclusive na data de saída, e o comprovante internacional da vacina da febre amarela, obrigatório.
Dinheiro
A moeda local é a Rúpia de Seychelles (SCR). A troca de moedas estrangeiras por rúpias deve ser feita em bancos e casas de câmbio autorizadas.
Não troque nas ruas. Há grande possibilidade de trocar por moedas falsas.
Seguro-viagem
É indispensável fazer um seguro-viagem para todo destino internacional. E em Seychelles não é diferente. Para o destino, indico a cobertura completa da GTA – Global Travel Assistance, no plano Euromax.
Além de consultas, internações ou qualquer problema de saúde, a modalidade assegura perda de bagagens e até desistência da viagem.
Transporte
Não é preciso ter carta especial para dirigir nas ilhas. Mas a mão é invertida, inglesa.
Entre as principais ilhas é possível ir de barco, helicóptero ou de avião. Voos regulares são feitos pela companhia local Air Seychelles.
Entre as duas maiores ilhas, Mahé e Praslin, a viagem dura 15 minutos. A vista do céu do arquipélago é sensacional.
Voos a outras ilhas também são possíveis em parceria com hotéis.
Na ilha de La Digue, faça tudo de bike, como os locais. Em Praslim e Mahé, o aluguel de carro ou contratação de serviço de transporte são boas pedidas. Não dependa de transporte público.2
Quando ir
Seychelles é um destino de clima tropical, normalmente com temperaturas agradáveis, entre 25ºC e 30ºC. Leve roupas de verão e chinelo.
O destino pode ser visitado a qualquer época do ano, mas entre maio e setembro/outubro é quando acontecem menos chuvas.
Abaixo, um vídeo do Facebook Lado B Viagem conta sobre as ilhas.