Depois de cinco meses em recuperação em hospital veterinário de Cuiabá, a onça-pintada Xamã foi transferida ao um centro de reabilitação no Norte do Brasil.
Ele permanecerá em um espaço de 15 mil m2 por até dois anos, até aprender a viver livre.
Xamã tem que reaprender os comportamentos básicos da espécie, como caça e defesa, os quais não teve oportunidade de receber da mãe.
Quando estiver apto para a reintrodução na natureza, será liberado em uma área adequada e segura para voltar a viver uma vida selvagem.
Ao completar esse processo, Xamã será o primeiro macho da espécie no país a ter sido resgatado e reintroduzido com sucesso na Amazônia.
“O animal foi separado da família depois de um incêndio florestal. Teve a vida transformada para que as pessoas em todo o mundo possam comer carne em quantidades crescentes e pelo menor preço possível”, diz David Maziteli, gerente de Vida Silvestre da ONG Proteção Animal Mundial.
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Turismo para ver selvagens
No turismo, para preservar as onças e outros animais selvagens, o viajante jamais deve pagar por lugares que têm animais em cárcere, que fazem truques ou que há qualquer tipo de interação.
“No Brasil ainda temos muitos casos de turismo predatório. A conscientização em relação ao turismo de observação em locais como Amazônia vem crescendo a cada dia. Nossa dica sempre é: se há alguma possibilidade de contato ou interação garantida com animais, desconfie”, afirma Julia Trevisan, analista de Vida silvestre da ONG.
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Quem ajudou Xamã?
O processo de resgate, tratamento e guarda do animal até aqui esteve a cargo da equipe do Hovet/Setor de Atendimento de Animais Silvestres/UFMT, com acompanhamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (Sema-MT), o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).
A ONG Proteção Animal Mundial atua como patrocinadora e consultora do projeto, tendo acompanhado localmente em Sinop a fase de recuperação de Xamã, em colaboração com o Instituto Ecótono (IEco).
O Onçafari, entidade especialista em reintrodução de felinos no país, foi envolvido para viabilizar a reintrodução, como parceiro no manejo de Xamã até a sua soltura e posterior monitoramento remoto na natureza.
A experiência inédita de reintrodução de Xamã na Amazônia deve gerar conhecimentos científicos para a conservação de onças-pintadas em liberdade no bioma.
No País, ajudará a fortalecer a luta contra desmatamento e incêndios florestais, que são impulsionados pela expansão agropecuária, o avanço desordenado da urbanização, além de mineração ilegal, caça e tráfico de vida silvestre.
O Brasil é considerado um país chave para a conservação da espécie, uma vez que ainda concentra as maiores populações de onças-pintadas do mundo.
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