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Aos 48 anos, fiz um intercâmbio para aperfeiçoar meu inglês no Canadá. Você amaria também estudar fora do País?

Não tem idade para intercâmbio, e o estudo, definitivamente, não é coisa só de jovem, como muitos pensam.

Para te ajudar a realizar seu sonho, reuni aqui 5 passos para dar início a esse processo tão transformador.

Ama viagens e já passou dos 40 anos? Siga o @ladobviagem no instagram e no Facebook para ver os roteiros mais interessantes.

Na Selc Language, onde estudei inglês em Vancouver – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

1 – Onde fazer?

A escolha do país onde estudar deve considerar uma série de fatores. Em primeiro, estão o custo de vida e a receptividade de estudantes brasileiros.

O custo local impacta no dia a dia, com comida e moradia, e a receptividade, diretamente na experiência que terá no local. Escolha países que recebem bem brasileiros.

Depois, o clima e a época do ano. Neve é linda para curtir da janela com um vinho na mão. Mas viver na neve não é fácil, especialmente para brasileiros, que não estão acostumados com um frio intenso.

Temos que considerar também que, aos mais de 50 anos, já não queremos passar perrengues. Então, o clima e a estação do ano são ainda mais importantes, pois é o que você vai enfrentar todos os dias, ao levantar cedo e sair de casa para ir à escola.

Andrea Miramontes – Vancouver, Canadá – foto @ladobviagem

Em terceiro lugar, escolha uma cidade que tem passeios e lugares lindos para visitar.

Os passeios e o contato com locais fazem parte dos estudos, ajuda a desenvolver a linguagem fora da sala de aula, que é o objetivo de estudar um idioma.

2 – Como escolher agência de viagem e escola?

Na hora de escolher o intercâmbio, a primeira coisa é procurar uma agência séria, que desenhe o programa de acordo com os interesses do aluno.

No site da Belta, associação de agências de viagem sem fins lucrativos, há uma lista de agências sérias que levam o selo Belta de qualidade, e o estudante pode começar por aí.

“O papel da agência é entender a necessidade do cliente, achar a melhor opção para ele, ver o perfil do estudante e ter o cuidado par personalizar. Dentro do selo Belta estão agência que prezam pela qualidade e que acompanham o aluno até voltar pra casa”, diz Neila Chammas, diretora financeira da Belta.

Ela reforça ainda que uma boa agência pode ajudar a resolver qualquer problema que o aluno tiver fora do país.

Com uma boa agência, você consegue escolher as melhores escolas pelo mundo.

3 – Inspire-se com quem já fez

Em Vancouver, na escola Selc, onde fiz meu intercâmbio – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Siga contas sérias nas redes sociais, com gente que já fez o intercâmbio com a sua idade.

Aos 48 anos em 2023, estudei inglês em Vancouver, no Canadá. No Instagram @ladobviagem conto como foi, inclusive, nos destaques salvos para te ajudar a ver a experiência.

Na escola, encontrei alunos brasileiros  com mais de 60 anos também estudando inglês.

O perfil da Belta também é uma excelente fonte para saber sobre novidades de intercâmbio, bem como a das agências que você selecionar para cotar seus estudos.

4 – O curso dos sonhos

O que você quer estudar no exterior? Se for idiomas, melhor escolher um país e cidade onde a maioria fala o idioma que você foi aprender. Sua experiência fora da sala de aula faz parte do investimento.

Há cidades americanas lindas de visitar, mas onde se fala muito espanhol, e isso pode atrapalhar seu curso de inglês.

Também é possível estudar outras línguas. Se já domina o idioma e quer diversificar, pode escolher cursos de fotografia, dança, arte, gastronomia, entre muitos outros.

Em algumas escolas pelo mundo há turmas específicas para intercambistas 50+. Nelas, os assuntos em pauta na sala de aula são mais voltados a esse público.

Para quem quer a companhia dos jovens na sala, é possível fazer em países que não separam alunos por idade, mas somente por nível do idioma, como o Canadá.

O meu intercâmbio foi justamente assim, com pessoas mais jovens e mais velhas sentadas lado a lado.

Selc Language, onde estudei, foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Claudia, Luiz e eu na cerimônia de graduação da Selc – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

5 – Custos extras – ATENÇÃO

Passagem, hospedagem, comida e escola são os principais custos de um intercâmbio.

Mas há outros obrigatórios a se considerar, como o transporte da hospedagem à escola. Muitas vezes, sua hospedagem não é do lado da escola e você precisará pagar pelo transporte.

No meu intercâmbio em Vancouver, que é uma cidade cara, tive um custo de 500 a 600 reais por semana com transporte público, uma vez que eu pegava o metrô (chamado sky trem) e ônibus todos os dias. Como lá se paga por distância percorrida, e eu estava há uma hora da escola, o custo aumentou.

Para quem não tem passaporte e visto esse é outro custo a se pensar quando orçar seu programa. Cada país tem uma política, pesquise a do destino escolhido.

No Canadá, onde estudei, para quem vai ficar até 6 meses, não pretende trabalhar e já tem o visto americano, há a possibilidade de tirar somente o ETA  (electronic travel authorization) bem mais barato e feito pela internet.

O seguro viagem também é um item indispensável. Especialmente para nós, que passamos dos 40 ou 50 anos. Muitas vezes, a própria escola ou o país já o exige.

andrea miramontes

Andrea Miramontes, jornalista de viagens do @ladobviagem

Independentemente disso, caso aconteça algo (e as coisas acontecem!) com o seguro, aluno não vai gastar milhões para resolver um problema de saúde.

Costumo fazer o seguro com a Affinity, que foi eleito recentemente entre as 10 melhores do país e tem cobertura para bagagem extraviada, entre outros bons benefícios.

Siga o @ladobviagem no instagram e no Facebook para ver os roteiros mais interessantes para nossa faixa etária.

Estudei no Canadá tranquila, assegurada pela Affinity – foto Andrea Miramontes @ladobviagem

Outro detalhe de viagem indispensável é ter internet no telefone durante todo o tempo do intercâmbio. Estar conectado é uma questão de segurança, além de ser hoje a única forma de se locomover  bem no destino.

Em Vancouver, por exemplo. só consegui pegar transporte público para todo canto porque usei o serviço online local, que avisava sobre trens e ônibus que eu deveria pegar.

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