Não é natural uma baleia ser obrigada a viver em piscina por 50 anos e aprender truques para divertir pessoas, nem elefantes e ursos serem adestrados.
Neste abril laranja, mês de luta contra a crueldade animal, cometida há séculos pela indústria do turismo e do entretenimento, vamos falar de 4 formas de combater crueldade no turismo
Sou jornalista há 24 anos e, há 10 anos faço o Lado B Viagem, para viagens éticas com animais, além de turismo sustentável, viagens incríveis e roteiros veganos e vegetarianos.
Faço também vídeos com a plataforma Um Só Planeta, da Globo, no Instagram, junto com o @ladobviagem, me segue lá!
Animais são arrancados das famílias ainda bebês para aprender a fazer truques e viver em cativeiro.
São torturados para amansar, obrigados a morar em uma jaula ou piscina pequena, quando deveriam estar num oceano ou floresta, o mesmo que você viver em um banheiro, sua vida toda.
Vamos a 4 situações para ser evitadas para não financiar sofrimento dos animais.
1 – Evite fotos com animais
Desconfie de lugares que oferecem fotos com animais selvagens. Pior ainda se o animal estiver em cativeiro ou com correntes.
Não chegue perto para forçar selfies e jamais faça imagens com animais acorrentados, como aves presas pelos pés, com asas cortadas e outros, como macacos aprisionados.
Pelo contrário: repudie quem ganha dinheiro a custo do sofrimento do bicho.
Há visitantes que tiram estrelas-do-mar para selfies, e até pessoas que se dizem fotógrafos que cobram para pegar estrelas, peixes e outros bichos para atrair turistas.
Estrelas são animais delicados e que morrem rapidamente se tiradas da água. Nunca toque nelas.
Em projetos que têm berçários de animais selvagens, jamais tente pegar o bebê par fotos. Parece absurdo, mas vi exatamente essa cena. Um turista pegou um bebê de tartaruga rara, de dentro da maternidade onde ela estava, para foto.
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2 – Não monte em animais
Elefantes têm as mães mortas, as presas arrancadas e são adestrados à base de tortura, desde bebês, para que turistas possam montar neles. Países asiáticos ainda têm muito disso.
Não pague pelo sacrifício de bichos que viraram escravos. Serve para elefante, camelo ou qualquer outro animal, como cavalos e jumentos que puxam charretes. Não banque a crueldade.
3- Fuja de falsos santuários
Desconfie de qualquer lugar que deixa o turista tocar nos bichos. É caça-níquel, zoológico disfarçado. Não acredite em lugares que deixam o turista “dar mamadeira ao leãozinho abandonado”.
Certamente esse leãozinho não foi abandonado, mas caçado, após matarem os pais, para que o bebê sirva de atração turística naquele lugar. Ou o animal nasceu em cativeiro para morrer lá, afinal, dá lucro.
Santuário de verdade visa a reabilitação do bebê para ser solto e crescer livre. Para isso, um animal jamais deve ter contato tão próximo com humanos.
Um belo exemplo do abuso de felinos está no documentário A Máfia dos Tigres. Quem assistiu?
4 – Não banque escravidão em shows
Golfinhos nadam em média 60 km por hora, livres no oceano. Mas em parques, vivem em prisão perpétua, dentro de uma piscina. Imagine você preso no seu banheiro a vida toda.
São condicionados a agir de certa forma para conseguir comida. E é assim que o turista consegue tirar a tradicional foto “beijando” o animal.
Orcas são igualmente contidas em piscinas a vida toda e chegam a enlouquecer por causa do cativeiro.
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Jamais pague por espetáculos de circo que usam animais para “truques”. O adestramento tem atrocidades inimagináveis.
Ursos e elefantes têm os pés queimados para “aprender a dançar”.
Leões vivem em jaulas minúsculas, enlouquecem solitários, para enaltecer o show do domador, que é, na verdade, um grande covarde e torturador.
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